Versos de Cordel, como assim?
Sarau Lino Sapo e o cordelista Severino
*Texto de Severino Honorato –
Em recente tempo pretérito, ao publicar numa rede social, a foto de capa de um dos meus folhetos, texto em cordel, escrito em quadra e editado em 2008, cujo título é “História da Cultura Popular em Versos de Cordel”; o pesquisador José Paulo Ribeiro, da cidade de Guarabira, ponderou para mim e a Chico Mulungu, também poeta e escritor de outros estilos, sobre qual seria a explicação do uso da terminologia “Versos de Cordel”. E não seria pelo fato de concordar ou discordar da pergunta do pesquisador, a iniciativa presente de ampliar o debate, por este minúsculo texto, em estilo livre. Faço porque me parece necessário que levantemos as razões e lógicas para o uso do termo. Escrevo-o, também, na ânsia de que nossa conversa seja útil e didática, sem academicismo. Eu também escrevo Trovas e de fato eu não digo “Versos de Trova”, mas eu digo “Trovas” ou “Trova”, quando faço uso de tal modalidade. Também produzo Contos e Crônicas, – não falo versos deste ou desta. Aliás, sobre a última, é bom que eu diga que foi ela a responsável, após o Cordel, pelo interesse e mergulho na Literatura. Sabemos que todas as modalidades de texto estão repletas de versos, já que cada linha representaria um, posso dizer para simplificar. Mas quando falamos de Contos e Crônicas, de imediato associamos à técnica aplicada à prosa. Isso para citar apenas dois dos gêneros literários mais comuns em nosso meio estudantil ou entre leitores. Enfim, sigo com meus “Versos de Cordel”, com o intuito de no mínimo pensar convergente, senão corroborar com as colocações do pesquisador e amigo José Paulo Ribeiro.
Eu fui buscar conteúdo Em gente melhor que eu Pesquisei, fiz um estudo, E assim me aconteceu Havendo provas eu mudo Pois o saber não é meu. Eu encontrei citações E fiz sem constrangimento Poetas, pesquisadores De certa forma um alento Porque já me perguntei Sobre o meu argumento.
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