UERJ é do povo para o povo
O Jornal Abaixo-Assinado de Jacarepaguá está na luta em defesa da UERJ. Maraci Soares representou o jornal na manifestação, do último dia 25 de janeiro, nas ruas do Maracanã e Vila Isabel em defesa da UERJ e contra o sucateamento da universidade provocado pela incompetência do governo do PMDB – Pezão, Cabral, Paes e Picciani. A UERJ é nossa!
A UERJ é do povo para o povo!
*Jorginete Damião e Luciana Castro
A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) enfrenta uma grande crise agravada desde o final de 2015, com precariedade no repasse de recursos para custeio e atrasos no pagamento dos servidores, prestadores de serviços e alunos bolsistas. No fim de 2016, esta crise ganhou notoriedade pública com o anúncio da falência do estado do Rio de Janeiro. Neste momento, a UERJ tem sofrido diversas ameaças à continuidade de suas atividades de ensino, pesquisa e extensão e à garantia de sua existência como universidade pública, gratuita e autônoma. Por que defender a UERJ?
A UERJ com mais de seis décadas de existência, é uma das principais universidades do país. São cerca de 35 mil alunos de graduação, mais de 4 mil de mestrado e doutorado, em torno de 2 mil em cursos de especialização e cerca de 1 mil alunos nos ensinos fundamental e médio. Todas estas pessoas estão estudando, ensinando, pesquisando e prestando serviços em, além do Campus Maracanã, mais 13 unidades externas. Além desta capilaridade a UERJ tem sido reconhecida pelo seu pioneirismo em programas e políticas que promovem maior inserção social, sendo a primeira universidade no Brasil a estabelecer o sistema de cotas para o acesso à graduação, trazendo para a universidade, pobres e negros, grupos sociais tradicionalmente excluídos dela. Suas atividades e projetos de pesquisa, extensão e assistência estão comprometidos com as demandas da população do estado, ou seja, a UERJ cuida da saúde da população no Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE) e na Policlínica Piquet Carneiro (PPC), além de prestar serviços, produzir e difundir conhecimento e democratizar o acesso a tecnologias de ponta por meio de centenas de outros projetos ligados a todos os cursos de graduação que possui.
A UERJ é uma Universidade do povo e para o povo. Lutar pela educação na UERJ é lutar pelo Brasil. Direitos não se negociam.
E, como sinaliza a carta da reitoria da UERJ e seus ex-reitores: “Desprezar o ensino superior, a pós-graduação e a pesquisa é apostar na miséria, na violência e num futuro sem perspectivas positivas. Forçar o fechamento da UERJ é não pensar no futuro de nosso estado e de nosso país”.
*Professoras do Departamento de Nutrição Social do Instituto de Nutrição da UERJ e membros do Comitê Executivo da Feira Agroecológica na UERJ.
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