Comunidade Dois Irmãos
Esgoto na Rua Eliaquim
Rio de Esgoto Exige Superação de Moradores.
Será que é mais um legado olímpico?
Quem mora na rua Eliaquim, lote Dois Irmãos, sabe que o bueiro improvisado transborda esgoto. A quantidade de detritos chega a ocupar toda a rua, impossibilitando a passagem dos pedestres. Quando chove, a água dobra seu volume e o rio de esgoto chega à altura dos joelhos. Para sair de casa, as pessoas precisam usar sacos plásticos como sapatos e carregar as crianças nas costas, o que, muitas vezes, exige um condicionamento atlético.
Ao ligar para a Cedae, responsável pelo tratamento de esgoto do município, o pacato cidadão ouve que a empresa pública não entra em favela. Mas os Dois Irmãos nem sempre foi favela. Há menos de dez anos era uma floresta nos fundos do Hospital Municipal Raphael de Paula Souza. A necessidade de moradia para baixa renda, o oportunismo de microempresários e a falta de fiscalização do governo transformaram os pés do morro num labirinto de quitinetes sem qualquer humanidade. Mas em fraca expansão comercial: lojas e lanchonetes abrem constantemente na estrada do Curicica, em frente à novíssima Transolímpica.
“Chama a associação de moradores!”, grita um morador da janela. Mais uma vez é a organização popular que dará conta de seus problemas. Isso não significa que não há disputas internas para exercer os podres poderes, mas bota em xeque a gestão pública de uma grande e multifacetada cidade, como o Rio de Janeiro. Será que temos um sistema de serviços para todos? Afinal, a quem a Cedae serve?
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